Eu não sei onde fica a tua aldeia.
Arrastei minhas sandálias por duas luas,
Não te encontrei.
A noite, contemplava o cruzeiro do sul brilhando no céu.
De vez em quando, sentia o cheiro do mato verde.
Durante duas luas
Viajei com um fardo de sonhos nas costas.
Não te encontrava.
Não sabia do perfume do teu corpo
E nem poderia imaginar como seria o teu olhar para o mundo.
Numa das noites da andança, cansado, dormi.
Acordei vendo o sol nascer e com os passarinhos que voavam e cantavam.
De repente, um arco-iris parece me dizer - ei, aqui é minha aldeia,
Então, abra a porta, estou aqui
E te trago um estrela de presente.
Toma, é sua.
(Claudio Correia Primo, 19.3.2014)
0 Comentários