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A boate azul


Eu estava indo trabalhar na Espanha. 
Eu viajaria logo mais pela manhã. 
Estávamos comemorando meu último dia no Brasil na boate Azul, zona sul da cidade. 
A patota do trabalho toda estava lá.

Já passava da meia-noite e eu já estava me sentindo um pouco tonto. 
Patricia e eu estávamos brigados desde o último domingo. 
Nosso relacionamento estava abalado, mesmo assim sabia que nos amávamos.

Quando estava indo ao banheiro vi Patricia dançando com o Gustavo. 
Estavam coladinhos. 
Senti uma pontinha de ciúmes, porém confiava no meu taco.

Quando voltei do banheiro a vi sozinha ao pé do balcão tomando uma cerveja. 
Convidei-a para dançar e ela aceitou. 
Não conversamos nada. Ficamos dançando e ouvindo o tic-tac dos nossos corações.

Depois da segunda música já estávamos mais à vontade. 
Minha mão já deslizava pelas suas costas seminua, lembrando a primeira vez que dançamos há quatro anos atrás.

Comecei a beijar seu pescoço desnudo. 
Senti sua pele toda se arrepiando. 
Ela resistiu até o momento em que deixei o seu corpo bem coladinho ao meu e dei inicio a um passeio libidinoso por sua nádegas polpudas.

Ela me beijou com sofreguidão e sussurrando ao meu ouvido falou que não aguentava mais e pediu para irmos a um local onde pudéssemos ficar sozinhos.

Levei-a ao meu apartamento. 
Não via a hora de chegarmos. 
Estávamos apetitosos. 
Fazia uma semana que não transávamos.

Ao abrirmos a porta a decepção foi total. 
Eu tinha deixado a torneira da pia aberta e o apartamento estava todo alagado.

Resolvemos o problema do vazamento mas não resolvemos nossos problemas sexuais.

Viajei pela manhã cedo. 

Transamos uma semana depois em Barcelona. 

Valeu à pena.

Author Edimar Monteiro

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